Friday, January 16, 2009

"Waltz with Bashir"



Passado algum tempo depois de ver o filme, por forma a isolar do momentum em que estreou em Portugal, ou seja, quando novo confronto rebenta entre Israel e Palestinianos, depois de tanta balela, opiniões, críticas mais ou menos extremadas, é altura de vos dizer: Vão ver o filme!

Por força de ter conhecido um grupo de israelitas numa viagem à Argentina, aproveitei na altura para fazer um rol de perguntas, que quem está neste canto à beira mar plantado, não faz puto de ideia do que é lá estar. ainda para mais, quando as mulheres são obrigadas a cumprir serviço militar, tal como os homens. Após algum tempo de conversa, foi-me pedido por uma das pessoas que parasse de fazer certo tipo de perguntas (especificamente sobre a guerra ou os atentados e o receio constante no dia-a-dia) porque todas tinham uma história dolorosa, pessoal; ou porque conheciam alguém que tinha passado por isso.

E se me lembrei desta conversa umas 30 vezes durante todo o filme, não é pouco.

Por isso e depois de ver o filme, corri a escrever sobre o mesmo à minha amiga Raaya K., ilustradora de profissão, que curiosamente, tinha uma pergunta para me fazer: o que eu, o primeiro amigo não israelita que tinha visto o filme, achava do filme.
Passando à frente de muita conversa, transcrevo parte do texto da Raaya, representativo do que sentirão homens e mulheres israelitas. com isto não defendo uns ou aponto o dedo a outros. mostro somente que somos todos humanos, embora às vezes se tente demonstrar que não:
"Of course, I wept... I went to see it with a friend of mine, who's pregnant with her second child, and when we left the movie we couldn't speak for like half an hour. I love my country, I really do, but I hate the fact you have to fear having a son here."

O filme é excelente: após o desabafo de um amigo, Ari Folman vai reconstituir as suas memórias, passadas na guerra de 1982, quando Israel invadiu o Líbano: uma cuidada banda sonora, ilustração de primeira água, exploração das ilustrações, no lugar da realidade, de uma maneira excelente, com momentos recheados de simbolismo. um dos melhores filmes de 2008, sem qualquer dúvida!

10 comments:

Bola Oito said...

É um filmão caraças!

Qq um sai de lá...."incomodado" para dizer o mínimo.

É de 2008? LOL Como só o vi em 2009, nem me lembei dele para o Top.

Joao said...

você anda a dormir, é o que é.. eheheh

Bola Oito said...

:-D

Conforme escrevi...o meu top de filmes de 2008 não é assim muito rígido... LOL

Joao said...

tão rígido como uma almofada.. eheh
ahh e ligaste alguma peva à dica dos Hold Steady?
shame on you !

Mr. S said...

Hey Joni!
Deixei-te um desafio no s2s!
Acho q hoje ouvi um dos teus repeats... Zen Guerrilla, yah!? Ou então era alguem q tinha a tua voz e gosto parecidos!
Abraço!

Joao said...

Hey Mr. S!
óvistesss? sim, era eu.

Como não passou de manhã, à noite nem me preocupei em ouvir (normalmente o que passa de manhã, passa à noite .. penso eu de que) e estava nas compras quando fui insultado pelo meu mano T. a dizer que o concerto de que falei tinha sido na Voz do Operário e não no Garage; mas este concerto foi o segundo deles cá e foi ainda melhor...
abraço

extravaganza said...

Não estou a perceber.... Mas há quantos meses anda a passar os teus "em repeat", pá??? Subornaste a Meneses?!?

Não ouvi nem um!! :PP

Joao said...

se calhar nem perdeste muito..

purita said...

concordo!

extravaganza said...

Bom, confesso que só agora li o post. Também eu ando a dormir. Fica o registo.