Monday, April 30, 2007

"Sunshine" de Danny Boyle

É o regresso de Danny Boyle!! e em grande!

volta a dar o braço a Cillian Murphy e arranca para mais uma exploração do medo, claustrofóbico e sangrento ou do fim da humanidade, com a família em pano de fundo.
alguns elementos bem esgalhados, aproveitando a formula quase perfeita do fantástico "28 days later". novamente, o fim do mundo como o conhecemos, música excelente (preferia uns Mogwai, mas...), final do filme em pinceladas de redenção para humanidade.
as imagens hipnóticas do sol, a figura demoniaca de Pinbaker vs o fanatismo religioso que tudo destroi, preferindo a morte de tudo à salvação.
homenagem, assumida, a Alien de Ridley Scott e 2001 Odisseia no Espaço.
a ver num cinema perto de ti.

oh tempo, volta p'a trás!



o grande, o clássico, o "old-fashioned", o maldito, o meu amigo e companheiro, o "rai's parta esta merda que não entra", o "'bora daí dar no jet set willy ou então no flight simulator com nevoeiro"!

de tanto jogar, já estava gasto. o Q+A+O+P+M eram os habituais up+down+left+right+fire .. outras teclas seguiram-se-lhes o destino.

os gravadores de K7 foram-se à vida com a dignidade possível; depois de operados muitas vezes com a chave de fendas, a ver se o zoinkkk ziinnnnkk zaikkkkkkkkkk era o certo.

um daqueles brinquedos que mais vai ficar na memória da minha geração.

Indie Lisboa 2007 - ouro e prata


"Fay Grim" de Hal Hartley (US) provavelmente é uma escolha fácil. o próprio Har Hartley até cá veio e tal .. tem alguns actores conhecidos, mas Hal Hartley continua a ser Hal Hartley e "mai nada".
argumento um pouco + elaborado/sólido; uma Parker Posey linda de morrer; se calhar era pedir muito a banda sonora pelos Yo La Tengo ou mais uma aparição da Salvation Army Band, mas não se pode ter tudo; acção desenrolada a uma velocidade vertiginosa.
"Why is it whenever someone starts talking about civilization I hear the sound of machine guns?"



"Regresso a Falkenberg" de Jesper Ganslandt (SE)
sobre um grupo de amigos, à beira de serem independentes e tomarem conta das próprias vidas, saíndo da "terra" onde vivem calmamente. os medos, os sentimentos e ...
alguma colagem, em estética e argumento, à escola do Gus van Sant, mas para primeiro trabalho, está muito bom!
quem nunca passou por muitos daqueles momentos, quando ainda haviam as férias de 3 meses de verão? ok, torna-se um pouco sufocante pela falta de elementos/referências femininas, que condicionam (isto pode dar um ponto de discussão.. causa-efeito) o desfecho. ou talvez não. torna a história + simples e centrada onde deve estar.
até mesmo na banda sonora, nota-se alguma aproximação às musicas dos filmes do gus van sant (pelo menos com elementos do Arvo Pärt).

Friday, April 27, 2007

Fu Manchu ... 26Abril07 @ Paradise Garage
















.. mais uma daquelas coisas que me põe bem disposto.
devia haver um concerto destes todas as semanas, preferencialmente à segunda-feira, lá está, para começar bem a semana!
Hot Rod's'n'Beer'n Stoner Rock!!

do concerto: sempre a alta velocidade - a mítica frase dos Mão Morta "velocidade escaldante" não podia caír melhor - pujante, eléctrico, intenso.


Retomar a praxe do Prego&Beer (with snails...) ao lado do Paradise Garage, antes dos concertos, que me levou a recordar bons velhos tempos;


Reencontrar mister Joao Tiago (won't u come to Primavera lad?);
Reencontrar master Calado;



"Godzilla", Fu Manchu ("Eatin Dust", 1999)

With a purposeful grimace and a terrible sound
He pulls the spitting high tension wires down
Helpless people on a subway train
Scream bug-eyed as he looks in on them
He picks up a camero and he throws it back down
As he wades through the buildings toward the center of town

Oh no, they say hes got to go go go godzilla
Oh no, there goes tokyo go go godzilla

History shows again and again
How nature points up the folly of men

Oh no, they say hes got to go go go godzilla

Oh no, there goes tokyo go go godzilla

Thursday, April 26, 2007

me and you and ..



um dos filmes que me fez sentir bem, sonhar e pensar que sempre podemos fazer melhor.
porque nem sempre sabemos o que procuramos, damos valor ao que temos e temos a clarividência para ter os olhos abertos ao que nos rodeia.
filme a ver, rever, alimentar o ego e aconselhar. de, com e por Miranda July.


um dos meus livros preferidos, do talvez meu escritor preferido.

a primeira vez que "no reason"

primeiro post!
nada nao como "perder algo" pela primeira vez.
ha algumas "primeiras vezes", que nao me lembro como foram...
primeiro concerto?
primeiro livro?
primeira bebedeira?
primeira ... ... don't bother asking'bout this...
mas lembro-me do meu primeiro cigarro;

da primeira BD comprada (moebius + joradowsky: "O Incal");
do primeiro cd comprado: a) com $ cravado (doors - morrison hotel ..comprei qd trouxe o 1º discman de NY, camuflado na roupa); b) comprado fora com o meu $: w.a. mozart - lamentavelmente perdido, c) comprado em Portugal com o meu dinheiro (mc hammer - humilhante..)... ;
do primeiro amor/paixão: era puto, sabia lá distinguir.. chamava-se Marta e era minha colega no colégio..
algumas outras primeiras vezes de qualquer coisa que me fez, a bem ou a mal, ser o que sou hoje, like it or not;
primeira lágrima por uma mulher.

e agora, com idade para ter juízo, lembrei-me de passar das palavras aos actos... acho que nao será/servirá para exorcisar fantasmas.. nao esperem mtas mais confissões ..
será, em parte, o complemento de alguns mails que escrevo, temáticos ou não, para algumas pessoas que tenho considerado al longo destes anos, meus amigos. espero que alguns cheguem a passar pelo blog.
e dar o 1º passo por aqui, de uma caminhada que espero passar por algo completamente diferente no que eu faço no dia-a-dia.. one day.. one day..



The Afghan Whigs: "Blame, Etc" (Black Love, 1996)

My lust it ties me up
In chains
My skin catches fire at the
Mention of your name
No matter what i tried 2 do
I could not lose it

Now i know my heart
Is being used
But what i'm not allowed to have
I never could refuse
No matter what i tried 2 do
I stood accusedI reply, that i don't believe
I'm ever gonna die, i don't
Do u?

Blame, deny, betray, divide
A lie, the truth
Which one shall i use?
Whatcha gonna do?
I know
Whatcha gonna do?
I know, i know, i know

Your sanctimony
Is showing my dear
The acrimony
Hangs in the air
Beware of who u trust
In this world
Beware the lies about
2 unfurl

I reply, that i don't believe
I'm ever gonna die, i don't
Do u?U were blind
But u are not alone in this
As i, was once
Like u
Blame, etc.
ps: Sempre achei os Afghan Whigs perfeitamente sub-valorizados