Com breve passagem por Dakar, estarei por terras de G. Bissau durante 1 semana.
podia-se brincar como sendo o primeiro tuga, este ano, a fazer o Lisboa-Dakar, mas não tem assim tanta piada..
sem contactos com a net, voltarei quando tal for possivel (este post esteve semi pronto, mas a mudança horária e o transito trocaram-me as voltas). tentarei fazer algumas fotos.. a ver vamos se ha tempo.
P de: * grande concerto, bem acima das expectativas * arrepios na espinha * regressar a 1997, com tantos momentos nostálgicos * "I can't hold this day ... Anymore ... Understand me ... Anymore" - pela voz de Beth Gibbons com ligação directa à minha cabeça * intemporalidade: da Beth Gibbons, dos sons, do ambiente único criado pela banda * como gostava de congelar aqueles momentos, para mais tarde os sorver em sossego e cumplicidade perfeita * Portishead, ontem no Coliseu de Lisboa.
Fotografia: não sendo o "P" que se conhece, quando tirei a foto em Cabo Verde, Ilha da Boavista, há 5 anos, associei de imediato aos Portishead.
nódoas negras e dores nas costas e ombros, são as marcas físicas trazidas ontem do concerto dos The Dwarves em Cascais no Lotus Bar.
o que de resto já tinha mais ou menos previsto ali em baixo no outro post. contudo, não estava à espera que o concerto fosse interrompido logo à segunda música, quando o vocalista "Blagh", depois de constantes interrupções e invasões de palco a soco, acabou por abandonar o palco .. o palco tornara-se aquilo que imagino que teria sido uma arena de gladiadores: de um lado, skinheads e rockabillys (alguns trajados com sountiens); do outro "Blagh" e o guitarrista "HeWhoCannotBeNamed" com o habitual traje máscara, botas, spikes e tanga S&M..
alguns minutos depois, em que se chegou a assumir que o concerto tinha terminado, a banda voltaria ao palco, com outra disposição. "Blagh" puxou da cartola de velho punk rocker (para quem o que se passou deve ter sido apenas um warm-up) e, mantendo a violência naquela fronteira muito ténue, em que de repente basta um piscar de olhos errado para tudo descambar à tareia, arrancou, com a banda às costas, para um concerto estupidamente intenso, selvático e bem interessante. e com uma grande partilha do micro com o público (eheheheh .. bom certo??)
À pergunta: "mas qual é a piada de estar num concerto em que te arriscas a levar uma chinada, ser arrastado para o chão no meio da confusão, levares uns socos e pontapés?" posso responder: e porque não? toda a adrenalina descarregada faz parte do espectáculo. entro e fora do palco. dar e receber (contei 7 o número de vezes que um tipo trepava à coluna atrás de mim. punha o joelho nos meus ombros e saltava..à última tentativa, falhou o salto, caiu no vazio e tive de o agarrar para evitar males menores).
à parte, fiquei a saber que o baixista votará no Obama, que "HeWhoCannotBeNamed" é um grande fan de leitura Sci-Fi, e que tudo o que o vocalista queria era ter mulheres em vez de homens semi-nús à frente dele no concerto. e quando se dedicou ao crowdsurf e na mosh, certamente que miúdas descascadas teriam sido a melhor companhia! E o concerto terminou mais cedo, quando o amplificador do guitarrista queimou e ele decidiu partir a bateria.. inveja? eheheh
Com notas cobertas de areia do deserto, paisagens desoladas e queimadas pelo sol, apresentou-se ontem no Maxime, Jack Rose. Com duas partes, instrumentais e acústicas, relativamente distintas, onde na primeira parte tocou numa base de fingerpicking e depois mostrou porque faz parte do reduzido número de lapsteel guitar players. houve muitos momentos mágicos, onde podíamos facilmente imaginar estarmos no meio de um western à lá irmãos Cohen ou muito simplesmente, no mundo das aventuras do Tom Sawyer!! Country/Folk a rodos!!
A primeira parte pertenceu a Hush Arbors, cantor folk/country num cruzamento Neil Young com Bob Dylan soft.
Como é bom sermos surpreendidos quando menos esperamos. E como é bom, um raio de luz iluminar a nossa vida, quando estamos no meio da escuridão.
Na vertente das actuações ao vivo, hoje em dia fala-se dos Black Lips, como sendo um banda explosiva em palco, com o seu punk-rock ácido, agressivo, melódico qb. Pois em 24Março vai-se fazer história, com a vinda a Portugal dos The Dwarves pela primeira vez.
A banda de Chicago,formou-se em 1990 com membros tão mundialmente famosos como o vocalista "Blag Dahlia", os guitarristas "He Who Cannot Be Named" e "Fresh Prince of Darkness" e o baterista "Gregory Pecker" (todos nomes falsos, certo?). Alguns dos membros que fizeram parte da banda foram: "Smokes", "Dutch Ovens", "Tazzie Bushweed", "Chip Fracture" "Wreck Tom ", and "Vadge Moore" (este tive de ripar do wikipedia, porque era muita fruta para a minha cabeça). Algures aqui no meio, está Nick Oliveri, ex-baixista dos Queens of the Stone Age ou Mondo Generator.
Na fértil imaginação dos The Dwarves, as capas e os nomes dos albuns (e das músicas, vá..) também não ficaram de lado: assim, na discografia encontramos os albuns "Toolin' For A Warm Teabag" (88), "Blood Guts & Pussy" (editado na Sub Pop 90, "Thank Heaven For Little Girls"(Sub Pop 91), "The Dwarves Are Young and Good Looking"(97) "Free Cocaine" (99), "How To Win Friends And Influence People" (na Reptilian Recs, 2001) ou "The Dwarves Must Die" (na Sympathy for the Record Industry 2004).
Quanto às capas dos cds, bom, é mesmo Sex, drugs and Rock n'Roll.
Factos sobre a banda: * A editora Sub Pop deixou a banda, quando em 1993, num golpe publicitário, anunciou a morte do guitarrista "He Who Cannot Be Named" depois de ter sido esfaqueado em Philadelphia. * o guitarrista "He Who Cannot Be Named" toca nu, apenas com uma máscara de wrestling na cabeça. * são muitas, as histórias de violência nos concertos dos Dwarves, inclusivé com a polícia à mistura. * encontrar um cd da banda à venda, não é coisa fácil.
The Dwarves - I Will Deny You / Everybody's Girl (live at the Vault 350 Jan08)
acho piada ao termo. sob este ou sob outro nome, postarei fotos, com ou sem motivo aparente: daí o site se chamar 4 no reason, certo?!?! Espero que gostem e comentem.
@ Morro de S.Paulo, Set07, numa cachaçeira local (hei-de postar, alguns dos frequentadores, que posaram para as fotos!!) foto by JF
a propósito da recente compra do último (2005) album de originais dos Eels "Blinking Lights and Other Revelations", voltei a escutar uma das bandas que mais gozo sempre me deu ouvir.
Os Eels, pela musicalidade alegre ou mais triste, as melodias simples ou as guitarradas mais eléctricas, os gritos e uivos (ou o ladrar do cão do próprio E) ou as vozes delicadas das(os) convidados que povoam o universo estilístico da banda. ou mais sucinta e egocentricamente falando, de Mark Oliver Everett, também conhecido por Mr. E ou simplesmente E, a cabeça e o coração da banda desde a sua criação em 1996 com "Beautiful Freak" e ao longo de albums como "Electro-Shock Blues" (1999), "Daisies of the Galaxy" (2000), "Souljacker" (2001), "Shootenanny!" (2003) e "Blinking Lights and Other Revelations".
Na lista dos convidados e colaboradores, fazem parte John Parish, Tom Waits, Lisa Germano ou Grant Lee Philipps. Para 2008 está prevista (ainda não encontrei à venda por cá..) a celebração dos 10 anos de vida (embora com algum atraso...), com a edição de duas compilações intituladas «Meet The Eels: Essential Eels 1996-2006 Vol. 1» e «Eels Useless Trinkets: B-Sides, Soundtracks, Rarities and Unreleased 1996-2006», que conforme o nome diz, nos trarão um best-of e um "lado B"/raridades dos Eels.
video do "uplifting" "'Mr E's Beautiful Blues" que fazendo parte da banda sonora do filme "Road Trip", tem a participação do elenco para o efeito. have fun.....
Na memória ainda está bem quente, o soberbo concerto que deram no Paradise Garage, algures em 2003, numa sala apinhada. no fim do concerto, quem ficou na conversa ou a beber um copo mais tardio, foi contemplado por um segundo concerto, apenas protagonizado pelo baterista Butch e por E. dir-se-ía que foi uma espécie de mini acústico, apenas percurssão e voz.
video do "Souljacker part.1", dirigido por Wim Wenders
como a Rolling Stone escreveu certo dia: "EELS define coolness".
