Hot Fuzz - "armed, dangerous and hysterical"

3 anos após uma louca luta contra os zombies, com uma pá de cricket em riste, em "Shaun of the Dead"(o melhor filme a brincar aos zombies), Shaun e Ed, que é como quem diz Simon Pegg e Nick Frost, voltaram a escrever um louco argumento, para realizar mais um filme de loucos.
Note-se que a repetição da palavra "loucura" não é de toda casual!!!

Aguarda-se finalmente a estreia de "Hot Fuzz", desta vez a disparar na direcção de filmes de policiais e "Matrixes" alike.
para tal, voltam a chamar alguns dos seus amigos de palhaçada (e que amigos de luxo: Bill Nighy, Steve Coogan, Cate Blanchet, Timothy Dalton, Paddy Considine...): parte do elenco e argumentistas do "League of Gentlemen" ou "the Office", mesmo que alguns destes apareçam novamente para meros "cameos".

Os efeitos especiais sobem na escala da qualidade (os zombies eram muito pouco realistas, como aliás os próprios brincam no filme, quando "numb limbs, erratic looking, trembling and numbling as you walk..." na aula prática de como ser um zombie, diz a Lucy Davies, que estamos habituados a ver no "the Office" como a verdadeira secretária "blond and dumb").


Finalmente Martin Freeman (outro "the Office" ou Arthur Dent, o sobrevivente do fim do mundo em "Hitchhickers Guide to the Galaxy") tem um papel à altura, como sargento de polícia numa aldeia onde nada acontece (excepto a fuga de um ganso de nome Elvis "white, male, 2ft tall") e para onde Simon Pegg, alias Nick Angel, é transferido. a partir daí, suspeita-se que vai acontecer de tudo um pouco ("3 assassinatos" é o pregão do trailer).

"Delirious" by Tom di Cillo

Sou um pouco suspeito para falar de filmes com a participação de actores favoritos. Este não escapa a esta ideia, pois conta com a participação de Steve Buscemi, no papel de um paparazzi solitário que quer ser algo mais na vida, mas que apenas dá tiros nos pés da sua própria existência, num olhar sobre o egoísmo. Em oposição, surge Michael Pitt, no papel de sem-abrigo que sonha ser actor, total, física e emocionalmente despido. até os ténis lhe roubam enquanto dorme no metro.
Quando estas duas personagens se cruzam, Buscemi (Lez Galantine) aproveita-se e acolhe Pitt (Toby), sendo que este acaba por se tornar seu assistente, embora falhe miseravelmente na sua primeira missão: trazer os goody-bags de um evento VIP.
Rapidamente Toby ganhará a amizade, e algo mais, de duas personagens femininas, involuntariamente cavando o fosso entre os dois. Buscemi, tradicional actor calmo e pachorento, solta-se para momentos de pura raiva nascida da inveja. Num áparte e a amiúde, em alguns planos lembrou-me o Nick Cave.

Quanto ao resto, façam o fvr de ver o filme.

Muito interessante: a crítica irónica e mordaz ao vedetismo, "hollywoodismo", enfim o mediatismo todo à volta dos VIPs; em contrapartida, o humanismo de Les na reunião de solidariedade das DST's para com Muffy; Elvis Costello, com o copo "à lá Buscemi", na mão...

"Captain Beefheart" & Anton Corbijn

Em antecipação à estreia de "Control", pelo realizador Anton Corbijn, descobri há algum tempo um trabalho seu, datado de 1993, sobre uma personagem quase mítica da música actual.
Don van Vliet, também conhecido como "Captain Beefheart", líder dos experimentalistas/psicadélicos/free jazz Magic Band, íamos nós nos anos 60.
Mas Don van Vliet sempre foi mais que um mero músico, dedicando-se também à pintura. um homem do deserto, com sonhos e visões.
no início dos anos 80, retirou-se da música, escondendo-se do mundo, para se dedicar à pintura expressionista abstracta. entretanto a doença chegou e, pelo que rezam as crónicas, está actualmente confinado à cama.

Anton Corbijn, fotógrafo (capas de trabalhos dos U2, Echo & the Bunnyman, Depeche Mode, REM, Peter Murphy, Skunk Anansie, Nick Cave, etc), e realizador de clips de música (dos atrás, mais Joy Division, the Killers, etc) recuperou o "Captain Beefheart", 10 anos depois do início do retiro para, com a ajuda de David Lynch e a mãe van Vliet, realizar uma curta/documentário sobre a vida artística e pessoal (a relação com Zappa, o deserto, as pinturas, a truta...).

é um bom exercício, para conhecer algo sobre um dos músicos que mais influenciou a música actual.

Documentário aqui

a capa da Trout Mask Replica, o album "fundamental" dos Captain Beefheart and his Magic Band

o império dos sentidos pelos Sigur Rós

sem grandes ou muitas palavras, eis mais um trabalho dos semi-épicos islandeses Sigur Rós. ou talvez "O" trabalho. desta vez, não trazem apenas mais um album, "Hvarf" de seu nome, mas também um dvd com o filme "Heima"(dvd duplo dependendo da versão), que inclui filmagens de concertos dos Sigur Rós por variados locais da Islândia, durante a primavera deste ano.
Desta vez, não poderemos ouvir a música dos Sigur Rós de olhos fechados, sob pena de perder as belas paisagens mostradas no teaser abaixo. e acreditem, que qd fecho os olhos e oiço as musicas, vejo flashes tão vívidos daqueles locais, que me dão uns arrepios do caraças!!
aproveitem, comprem o cd+dvd. a sério, quem vos avisa, vosso amigo é!


para audição de mais temas, deleitem-se http://www.myspace.com/sigurros
aviso: é bom demais ouvir isto!!!!