Assistimos a uma autêntica "missa rock". Vejo o Nick Cave como uma espécie de padre do rock e nós somos os fiéis. Não os fiéis dele, pois ele tal como os padres é apenas um mediador entre a assembleia e algo superior.
Neste caso, é graças à sua mediação que comungamos da energia transbordante da boa música, daquela que não faz concessões e consegue ser quase sempre excitante, experimental, visceral e por vezes mesmo celestial.
Só tive pena de a setlist não ter incluído alguns clássicos mais recentes: «(Are You) The One That I've Been Waiting For» de «The Boatman's Call», pelo menos uma música da obra-prima «No More Shall We Part» e «Messiah Ward» ou «There She Goes My Beautiful World» do excelente «Abbatoir Blues».
Compreendo e é natural que eles prefiram tocar as músicas do último álbum, mas podiam variar um pouco nos clássicos que são quase sempre da fase pré-«Murder Ballads» e quase sempre os mesmos. Escreve estas linhas quem já viu dois concertos com os Bad Seeds, um de Cave a solo e tem dois DVDs destes tresloucados.
Aos 50 anos, Nick Cave continua a manter o rebanho unido, passa de padre a cardeal e é forte candidato a papa do rock alternativo, o chamado sumo-pontífice.
caríssimo, é isso e mais nada! o senhor Cave tem um dom. e felizmente continua a partilhá-lo connosco. espero que por muitos mais e bons anos, concerto e discos. efectivamente o concerto soube a pouco.. faltaram anguns "daqueles" exitos de nos encher a alma. mas é um pouco como disse um dia sobre o ultimo concerto de Cat Power: "mais vale pouco, que nada"!
2 comments:
Assistimos a uma autêntica "missa rock". Vejo o Nick Cave como uma espécie de padre do rock e nós somos os fiéis. Não os fiéis dele, pois ele tal como os padres é apenas um mediador entre a assembleia e algo superior.
Neste caso, é graças à sua mediação que comungamos da energia transbordante da boa música, daquela que não faz concessões e consegue ser quase sempre excitante, experimental, visceral e por vezes mesmo celestial.
Só tive pena de a setlist não ter incluído alguns clássicos mais recentes: «(Are You) The One That I've Been Waiting For» de «The Boatman's Call», pelo menos uma música da obra-prima «No More Shall We Part» e «Messiah Ward» ou «There She Goes My Beautiful World» do excelente «Abbatoir Blues».
Compreendo e é natural que eles prefiram tocar as músicas do último álbum, mas podiam variar um pouco nos clássicos que são quase sempre da fase pré-«Murder Ballads» e quase sempre os mesmos. Escreve estas linhas quem já viu dois concertos com os Bad Seeds, um de Cave a solo e tem dois DVDs destes tresloucados.
Aos 50 anos, Nick Cave continua a manter o rebanho unido, passa de padre a cardeal e é forte candidato a papa do rock alternativo, o chamado sumo-pontífice.
caríssimo,
é isso e mais nada!
o senhor Cave tem um dom. e felizmente continua a partilhá-lo connosco.
espero que por muitos mais e bons anos, concerto e discos.
efectivamente o concerto soube a pouco.. faltaram anguns "daqueles" exitos de nos encher a alma.
mas é um pouco como disse um dia sobre o ultimo concerto de Cat Power: "mais vale pouco, que nada"!
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